quarta-feira, 27 de outubro de 2010

JERRY LEWIS

JERRY LEWIS


INTRODUÇÃO


Jerry lewis foi o mais importante comediante que alegou a minha infância, lembro-me com saudades da década de setenta e oitenta, nos programas de televisão, nas sessões vespertinas de televisão, ainda em preto e branco, as comédias estilo pastelão do grande Jerry Lewis, eu até mesmo arriscava imitá-lo. Era muito engraçado, tanto ele quanto o seu companheiro Dean Martin.








ORIGEM E VIDA PESSOAL


Em 16 de março de 1926 nasceu este judeu de procedência russa, seu nome real é Joseph Levitch (Levita José) e seu pai se chamava Daniel Levitch. Nasce na cidade de Newark, estado de Nova Jersey nos Estados Unidos. Aos cinco anos de idade ele começo a atuar com o nome de Joey Lewis e somente mais tarde mudou para JERRY LEWIS. Foi casado duas vezes, a primeira vez com Palmer e a segunda esposa foi Pitnick. Teve seis filho no primeiro casamento e uma filha no segundo casamento


CARREIRA


Na década de 40 Jerry Lewis e Dear Martins fazem dupla, cantando e fazendo shows, Martins era o cara sério e Lewis, o palhaço da dupla. Além de programa de radio, Martin e Lewis se apresentava na Televisão, que estava engatinhando, no programa THE COLGATE COMEDY HOUR. No dia 25 de Julho de 1956 a dupla veio a se descontituida, mas a carreira de Lewis continuou em ascensão. Nos anos 50 era publicado um gibi com as histórias de Lewis e muitas vezes ele contracenava nos gibis com o Superman, Batman e outros herois. Lewis era cantor, comediante, ator e diretor.


A revista francesa CAHIERS o elegeu o PALHAÇO PREFERIDO DA FRANÇA, recebendo ao longo de sua carreira diversos títulos honoríficos.








OS MELHORES FILMES


Das dezenas de Obras cinematográficas do Jerry Lewis destaco estes filmes, mas todo o acervo de Jerry Lewis é uma receita para rir a vontade. O filme Professor Aloprado foi refilmado recentemente tendo Eddie Murphie como protagonista e fazendo grande sucesso.


"The Nutty Professor" (1963) – O PROFESSOR ALOPRADO
The Ladies' Man" (1961) – HOMEM DE SENHORAS
"The Bellboy" (1960) – O RAPAZ TRAPALÃO
"It's Only Money" (1962) – ISSO É SÓ DINHEIRO

The Disorderly Orderly (1964)O ENFERMEIRO DESORDENADO (1964)



PRÊMIOS



1952 – Ganhador do Photoplay Special Award do Photoplay Award

1954 – Ganhador do Golden Apple Award na categoria "Melhor Ator Cooperativo"

1965 – Ganhador do Golden Laurel Special Award do Golden Laurel Award.

1998 – Ganhador do Lifetime Achievement Award in Comedy do American Comedy

1999 – Ganhador do Career Golden Lion Award no Festival de Venice.

2004 – Ganhador do Career Achievement Award do Los Angeles Film Critics Association.[

2005 – Ganhador do Governors Award do Emmy Award.

2005 – Ganhador do Lifetime Achievement Award do Las Vegas Film Critics Society

2005 – Ganhador do Golden Camera for Lifetime Achievement Award do Golden Camera

2005 – Ganhador do Nicola Tesla Award

2006 – Ganhador do Satellite Award na categoria "Melhor Artista Convidado"

2009 – Ganhador da estrela da Calçada da Fama de Nova Jersey.

2009 – Ganhador do Prêmio nobel Humanitário, no 81o Prêmio da Academia





AS DOENÇAS


Jerry Lewis tem hoje 84 anos e já passou por muitos problemas de saude, uma grave acidente (1965) durante uma apresentação, o fez sobre durante décadas com dores na costa, o que fez dele um viciado em remédio para combater a dor, o PERCODAN. Em 1982 sofreu um grave ataque cardíaco e um outro em 2006. Em 1999 teve uma meningite viral. Em sua vida já combateu câncer de próstata, fibrose pulmonar e diabetes, mas continua com vitalidade e ainda recentemente anunciou novo trabalho. Atualmente vive em Las Vegas, estado de Nevada.



O HUMANITÁRIO


Somente em 1976 Lewis e Martins seria vistos junto, após longos anos de separação, foi em um programa do Telethon, encontrado patrocinado por Frank Sinatra. Mas a reconciliação entre os dois só seria consumada após a morte de Martin em 1995. Lewis escreveu um livro em homenagem ao seu parceiro intitulado: Dean & Me; A Love Story. Jerry Lewis é um artista consciente do seu papel solidário com o próximo e esta frase do Lewis demosntra bem a pessoa que ele é:


"I shall pass through this world but once. Any good, therefore, that I can do or any kindness that I can show to any human being, let me do it now. Let me not defer nor neglect it, for I shall not pass this way again!"


(“Eu passarei por este mundo, mas tubo bem, por isso, que eu possa fazer toda a bondade que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu faça agora. Não adiarei e nem neglicenciarei esta tarefa, pois não passarei por este caminho novamente! ")


Em 1977 Lewis chegou a ser indicado par o prêmio Nobel da Paz. Em fevereiro de 2009 Lewis recebeu o Oscar Humanitário pelo seu trabalho em favor dos portadores de distrofia muscular, recebendo o prêmio pelas mão do ator Eddie Murphy.








CONCLUSÃO

Esperamos que Jerry Lewis ainda viva o suficente para completar sua missão em favor do próximo. Lewis fez escola no mundo do cinema e Jim Carrey é apontado como um sucessor da comédia que tanto nos fez rir em tempos passado.



OBRAS CONSULTADAS


http://www.jerrylewiscomedy.com/biography.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jerry_Lewis

http://www.alohacriticon.com/elcriticon/article167.html

http://www.cinemaemcena.com.br/Premiacao_Detalhe.aspx?id_premiacao=1247&id_premio=1

http://humor.about.com/od/comediansk/tp/jerry_lewis.htm

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NICOLAU MAQUIAVEL

Este filósofo é considerado o pai do ABSOLUTISMO, leia um pequeno trecho do livro O PRÍNCIPE:




DE QUE MODO SE DEVAM GOVERNAR AS CIDADES
OU PRINCIPADOS QUE, ANTES DE SEREM OCUPADOS,
VIVIAM COM AS SUAS PRÓPRIAS LEIS
(QUOMODO ADMINISTRANDAE SUNT CIVITATES
VEL PRINCIPATUS, QUI ANTEQUAM OCCUPARENTUR,
SUIS LEGIBUS VIVEBANT)
Quando aqueles Estados que se conquistam, como
foi dito, estão habituados a viver com suas próprias
leis e em liberdade, existem três modos de conserválos:
o primeiro, arruiná-los; o outro, ir habitá-los pessoalmente;
o terceiro, deixá-los viver com suas leis,
arrecadando um tributo e criando em seu interior um
governo de poucos, que se conservam amigos, porque,
sendo esse governo criado por aquele príncipe,
sabe que não pode permanecer sem sua amizade e
seu poder, e há que fazer tudo por conservá-los. Querendo
preservar uma cidade habituada a viver livre,
mais facilmente que por qualquer outro modo se a
conserva por intermédio de seus cidadãos.
Como exemplos, existem os espartanos e os romanos.
Os espartanos conservaram Atenas e Tebas,
nelas criando um governo de poucos; todavia, perderam-
nas. Os romanos, para manterem Cápua, Cartago
e Numância, destruíram-nas e não as perderam;
quiseram conservar a Grécia quase como o fizeram
os espartanos, tornando-a livre e deixando-lhe suas
próprias leis e não o conseguiram: em razão disso,
para conservá-la, foram obrigados a destruir muitas
cidades daquela província.
É que, em verdade, não existe modo seguro para conservar
tais conquistas, senão a destruição. E quem se
torne senhor de uma cidade acostumada a viver livre
e não a destrua, espere ser destruído por ela, porque
a mesma sempre encontra, para apoio de sua rebelião,
o nome da liberdade e o de suas antigas instituições,
jamais esquecidas seja pelo decurso do tempo,
seja por benefícios recebidos. Por quanto se faça e se
proveja, se não se dissolvem ou desagregam os habitantes,
eles não esquecem aquele nome nem aquelas
instituições, e logo, a cada incidente, a eles recorrem
como fez Pisa.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ZUMBI DOS PALMARES

Acho incrível como a humanidade vive em busca de padrões ideais e que muitas vezes um bandido de uma geração pode se tornar um herói para outra geração. De fato havia alguns exageros sobre os heróis nacionais brasileiros, ensinados nas escolas do século passado, mas não podemos descartar a importância de alguns personagens na história do Brasil e que ajudaram a engrandecer a nossa nação entre eles devemos citar Pedro Álvares Cabral, Dom Pedro II, Ruy Barbosa, Jucelino Kubichek, Barão de Mauá entre outros ilustres personagens.


Agora vemos que novo modismo ideológico é a tal da CONSCIÊNCIA NEGRA. Assim resolveram “pegar” o tal do Zumbi, mero homem, e transformá-lo em HERÓI NACIONAL. Desde o ano de 1995, o Brasil adotou o dia da morte de Zumbi, 20 de novembro, como sendo um dia de feriado nacional, o tal DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.





Ora sejamos sensatos, se alguém deveria ser considerado herói foi GANGA ZUMBA, que ao receber a proposta de Pedro de Almeida, governador da Capitania de Pernambuco que propôs liberdade aos negros do Quilombo dos Palmares, desde que eles se submetessem ao Governo da Coroa Portuguesa, este aceitou a proposta, sendo ele legítimo líder da comunidade. Todavia, os homens violentos comandados por Zumbi mataram a traição GANGA ZUMBA. Zumbi assumi o comando do Quilombo, gerando com isso conflitos armados que culminaram com a morte de Zumbi na mesma moeda que ele pagou a GANGA ZUMBA, foi traido e morto. Teve sua cabeça arrancada, salgada e exposta publicamente em Recife.

Caetano de Melo e Castro, governador da Capitania de Pernambuco, escreveu no dia 14 de março de 1696 ao Rei:

"Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."


Zumbi era tão escravocrata como o pior dos portugueses. Negros que se recusassem a obedecer suas ordens eram escravizados, Zumbi também oprimia os negros que se recusassem a fugir das fazendas ou que tentassem fugir do Quilombo dos Palmares. Zumbi era um déspota que vivia as custas da submissão dos seus irmãos.











Li um mentira sobre Zumbi que dizia assim:

“Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a ESCRAVIDÃO lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no BRASIL COLONIAL.”(www.suapesquisa.com)
Mas é interessante o que disse “homemculto.wordpress.com:

“(Não deixe que um professor comunista adote seu filho) Zumbi...Também sequestrava mulheres.. Até o século 19, em Angola e no Congo, de onde veio a maior parte dos africanos que povoaram Palmares, os sobás se valiam de escravos na corte e invadiam povoados vizinhos para capturar gente....Os abolicionistas apareceram um século depois de Zumbi e a 7 mil quilômetros da região onde o Quilombo dos Palmares foi construído.
(http://homemculto.wordpress.com/2010/04/16/a-verdade-sobre-
zumbi-dos-palmares-que-tinha-escravos/)


Considero uma aberração Zumbi ser posto como herói brasileiro. Álvaro Barbosa escreveu o seguinte sobre ZUMBI no dia 16/11/2009 no Jornal Campo Grande Notícias:
Zumbi dos Palmares, um personagem enigmático

data: 16/11/2009

“Uma série de pesquisas elaboradas nos últimos anos, mostra que a história de Zumbi, e do próprio Quilombo dos Palmares, e que são ensinadas nos livros didáticos, sofreram muitas distorções, e alguns fatos foram acidentalmente ou intencionalmente modificados. Os recentes estudos sobre o Zumbi dos Palmares, idealizados por vários historiadores e pesquisadores, mostram que a sociedade era como qualquer outra, e que havia uma hierarquia a ser seguida, com servos e reis tão poderosos quanto os que viviam na África da época. Também é certo que o próprio Zumbi e outros líderes tinham escravos, os quais eram castigados fisicamente quando não cumpriam direito as ordens que recebia. Além disso, as cartas escritas pelo padre que criara Zumbi quando este era criança, e que revelam os detalhes de sua infância, teriam sido forjadas. O principal historiador e pesquisador a elaborar tal tese, e a reinterpretar o que ocorreu no Quilombo dos Palmares, é o carioca Flávio dos Santos Gomes. Ele escreveu suas novas descobertas no livro “Histórias de Quilombolas”, e ao contrário do que dizem os muitos estudos sobre o assunto, realizados entre as décadas de 1960 e 1970, as investigações feitas por Flávio Gomes, procuraram se aproximar mais do diálogo com a literatura internacional sobre o tema.”


CONCLUSÃO

Eu respeito a opinião de todos porque somos livre para pensar e crer no quem quiser, mas eu sou do tipo que tomo posições sobre as coisas que chegam até mim, não sou eternamente imparcial, quando vejo fortes indícios sobre uma doutrina ou tese eu assumo aquela posição ideológica, nada impede que eu mude de opinião amanhã. Mas hoje Zumbi não representa nada para mim a não ser mais um homem comum que tentou como qualquer um de nós se impor na sociedade em que viveu e se comportou sem nenhum ato heróico que mereça referência histórica. Mas ser politicamente correto é ser NEGRO. Aliás, desde agosto de 2010 eu sou oficialmente negro, já preenchi um formulário para concurso público assumindo minha nova cor... E VIVA ZUMBI!!!






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Referências:

Wikipédia

Martins, José de Souza. Divisões Perigosas, p. 99

Carneiro, Edison. O Quilombo dos Palmares, Editora Civilização Brasileira, 3a ed., Rio, 1966, p. 35

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/zumbi_dos_palmares.htm, acesso: 23/09/2010

http://homemculto.wordpress.com/2010/04/16/a-verdade-sobre-zumbi-dos-palmares-que-tinha-escravos/, acesso 23/09/2010

http://www.campograndenoticias.com.br/index.php?news=1150, acesso, 23/09/2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

FLAVIO JOSEFO

Flavio Josefo

Flavio Josefo nace en Judea
hacia el 37 d.C., sacerdote y
fariseo de Jerusalén, jefe
militar durante la rebelión del
66 d.C.

Capturado por los
romanos, consigue hallar
gracia ante Vespasiano
fingiéndose loco y luego
profeta; al llegar a Roma será
liberado. Josefo es un
historiador de capital
importancia para nosotros.

La Historia de la guerra judía,
compuesta entre el 76 y el 79
d.C. es la fuente principal
para la reconstrucción de los
acontecimientos relativos a la
segunda revuelta judía, de la
que fue testigo ocular y
protagonista directo.






Usa a menudo las fuentes con
libertad, e incluso a veces
tendenciosamente. Respecto
a la guerra judía, está claro
que intenta justificarse a sí
mismo y al partido fariseo
atribuyendo a los grupos más
extremistas la responsabilidad
de la derrota. De todas formas
la obra de Josefo es muy a
menudo la fuente principal de
que disponemos.

(FUENTE: C.E.T. TENERIFE SEMINARIO DIOCESANO LA LAGUNA – INSTITUTO SUPERIOR SAN AUGUSTÍN)

CAIFAS

¿QUIÉN FUE CAIFAS?

Caifás (Joseph Caiaphas) fue un sumo sacerdote contemporáneo de Jesús. Es citado varias veces en el Nuevo Testamento (Mt 26,3; 26,57; Lc 3,2; 11,49; 18,13-14; Jn 18,24.28; Hch 4,6). El historiador judío Flavio Josefo dice que Caifás accedió al sumo sacerdocio alrededor del año 18, nombrado por Valerio Grato, y que fue depuesto por Vitelio en torno al año 36 (Antiquitates iudaicae, 18.2.2 y 18.4.3). Estaba casado con una hija de Anás. También según Flavio Josefo, Anás había sido el sumo sacerdote entre los años 6 y 15 (Antiquitates iudaicae, 18.2.1 y 18.2.2).






De acuerdo con esa datación, y conforme a lo
que señalan también los evangelios, Caifás era el sumo
sacerdote cuando Jesús fue condenado a morir en la cruz.
Su larga permanencia en el sumo sacerdocio es un
indicio más que significativo de que mantenía unas
relaciones muy cordiales con la administración
romana, también durante la administración de
Pilato.


En los escritos de Flavio Josefo se mencionan
en varias ocasiones los insultos de Pilato a la
identidad religiosa y nacional de los judíos y las
voces de personajes concretos que se alzaron
protestando contra él. La ausencia del nombre de
Caifás -que era el sumo sacerdote precisamente en
ese momento- entre los que se quejaron de los abusos
de Pilato, pone de manifiesto las buenas relaciones
que había entre ambos.







Esa misma actitud de cercanía y colaboración con la
autoridad romana esla que se refleja también en lo que
cuentan los evangelios en torno al proceso de Jesús y su
condena a muerte en la cruz. Todos los relatos evangélicos
coinciden en que tras el interrogatorio de Jesús, los
príncipes de los sacerdotes acordaron entregarlo a
Pilato (Mt 27,1-2; Mc 15,1; Lc 23,1 y Jn 18,28).




Para conocer cómo entendieron los primeros cristianos la muerte de Jesús, es significativo lo que narra San Juan en su evangelio acerca de las deliberaciones previas a su condena: "Uno de ellos, Caifás, que aquel año era sumo sacerdote, les dijo: -Vosotros no sabéis nada, ni os dais cuenta de que os conviene que un solo hombre muera por el pueblo y no que perezca toda la nación. Pero esto no lo dijo por sí mismo [señala el evangelista], sino que, siendo sumo sacerdote aquel año, profetizó que Jesús iba a morir por la nación; y no sólo por la nación, sino para reunir a los hijos de Dios que estaban dispersos" (Jn 11,49-52).



En 1990 aparecieron en la necrópolis de Talpiot en Jerusalén doce osarios, uno de los cuales lleva la inscripción "Joseph bar Kaiapha", con el mismo nombre que Flavio Josefo atribuye a Caifás. Se trata de unos osarios del siglo I, y los restos contenidos en ese recipiente bien podrían ser los del mismo personaje mencionado en los evangelios.

(BIBLIOGRAFÍA: Bruce CHILTON, Caiaphas en The Anchor Bible Dictionary, vol. I (Doubleday, New York, 1992) 803-806¸ Zvi GREENHUT, "The Caiaphas Tomb in Northern Talpiyot, Jerusalem": Atiqot 21 (1992) 63-71.)

sábado, 22 de maio de 2010

CARLOS GOMES

Carlos Gomes

O texto abaixo foi retirado do seguinte site:
http://musicaclassica.folha.com.br/cds/20/biografia-3.html


Europa se curva ao autor de "O Guarani"
Folha Online

Foi com Carlos Gomes que a arte brasileira, pela primeira vez na história, conseguiu atravessar o Atlântico e foi aplaudida na Europa. Nascido em 11 de julho de 1836, na pequena Vila Real de São Carlos, atual Campinas (SP), o pequeno Tonico, como era chamado pelos familiares, era filho de Manoel José Gomes, mestre de música e banda. Aos dez anos, com o auxílio do pai, aprendeu a tocar diversos instrumentos.

Quando adolescente, Carlos Gomes trabalhava em uma alfaiataria, costurando paletós e calças. No tempo livre, aproveitava para aperfeiçoar os estudos musicais. Já nessa época, apresentava-se com o pai e o irmão mais velho, Pedro Sant'Anna Gomes, nos bailes e pequenos concertos da cidade. Ele era uma espécie de "coringa" da banda. Como sabia tocar vários instrumentos, podia assumir qualquer posição do grupo.

Desde este período, Carlos Gomes já compunha canções religiosas e modinhas românticas - que sempre estiveram presentes em seu repertório. Em 1859, partiu em turnê com o irmão e o amigo Henrique Luiz Levy. Ao chegar na capital paulista, ficou amigo dos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em homenagem aos novos companheiros, compôs o Hino Acadêmico e a modinha Quem sabe?, obras que o tornaram conhecido entre as repúblicas estudantis.




No ano seguinte, com o objetivo de consolidar sua formação musical, mudou-se para o Rio de Janeiro, contra a vontade do pai, para iniciar os estudos no conservatório da cidade. "Uma idéia fixa me acompanha como o meu destino! Tenho culpa, porventura, por tal cousa, se foi vossemecê que me deu o gosto pela arte a que me dediquei e se seus esforços e sacrifícios fizeram-me ganhar ambição de glórias futuras?", escreveu ao pai, aflito e cheio de remorso por tê-lo contrariado. "Não me culpe pelo passo que dei hoje. [...] Nada mais lhe posso dizer nesta ocasião, mas afirmo a que as minhas intenções são puras e espero desassossegado a sua benção e o seu perdão", completou.

No Rio, foi apresentado a D. Pedro 2º, que se tornaria seu admirador e mecenas. O imperador o enviou a Milão para que aprimorasse os conhecimentos em música. Anos depois, em 1870, Carlos Gomes iniciou-se a brilhante carreira do compositor, ao apresentar, no Teatro Alla Scalla da cidade italiana, a ópera O Guarani, baseada no romance homônimo de José de Alencar. A obra rodou o mundo.

Foi nesta época que conheceu a italiana Adelina Conte Peri, por quem se apaixonou. Pianista e professora, ela era colega de conservatório do compositor. Em 1871, casaram-se. Embora a união tenha sido um tanto quanto conturbada, tiveram cinco filhos --três morreram prematuramente.





Com a morte de Mário, um dos filhos do casal, o compositor entrou em profunda depressão e mudou-se para Gênova. "Mário, subindo ao céu, aos cinco anos, me deixou na terra infeliz para toda a vida", escreveu o músico.

A partir desde momento, Carlos Gomes endividou-se, passou por grandes dificuldades financeiras, sofreu várias crises nervosas e viciou-se em ópio. Há quem diga que manteve casos amorosos com várias mulheres, o que justificaria a separação com Adelina, em 1885.

Ao longo da vida, Carlos Gomes esteve dividido entre duas pátrias, duas nacionalidades. Ao adotar a Itália como segunda nação, o compositor foi duramente hostilizado pelos brasileiros, que o viam como um aproveitador do dinheiro público, já que tinha como "mecenas" o imperador D. Pedro 2º. Em contrapartida, os italianos o enxergavam como um mercenário, pois acreditavam que ele produzia arte com fins comerciais --O Guarani, inclusive, foi vendido a um editor.





Um ano antes de morrer, o compositor foi convidado para dirigir o Conservatório do Pará. Mesmo doente, aceitou o convite. Após três meses no cargo, Carlos Gomes morreu em Belém, no dia 16 de setembro de 1896, aos 60 anos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

RICHARD WAGNER

VIDA E POLÍTICA

Richard Wagner nasceu em 22/05/1813, Leipzig, Alemanha e faleceu em 13/02/1883, Veneza, Itália. Wagner foi regente da ópera real, ocupando esse posto até 1849. Politicamente sempre foi um ativista tendo escrito artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que não foi bem sucedida.

Não podemos esquecer que suas posições políticas anti-semíticas foram inspiradoras de Adolf Hitler que era admirador das Obras de Wagner. Sua vida particular era uma tragédia, teve que fugir algumas vezes para não ser preso por dividas, além de ter relacionamentos amorosos conturbados.


EDUCAÇÃO

A educação do compositor Wagner foi toda focada em um ambiente artístico, tanto seu pai quanto o seu "suposto" pai eram atores, suas irmãs eram as atrizes Rosalie e Luise e Llara era cantora de ópera. Seu tio Adolf era um intelectual, tendo Wagner lido muitas obras de livros das suas estantes.





Apesar do ambiente propício, os estudos musicais de Wagner eram um tanto aleatórios,aprendeu violino com um, piano com outro, mas sempre buscando amadurecer seus conhecimentos musicais e desenvolver seus talentos naturais.




OBRAS

Sua grande Obra foi DER RING DES NIBELUNGEN (O Anel do Nibelungo), que se trata de quatro óperas épicas adaptadas de figuras da mitologia nórdica. Wagner demorou 26 anos para escrever esta música (de 1848 a 1874). Esta Obra esta divido em quatro partes sendo:
DAS RHEINGOLD (O OURO DO REINO)
DIE WALKURE (A VALQUIRIA)
SIEGFRIED
GOTTERDAMMERUNG (O CREPÚSCULO DOS DEUSES)

A primeira vez que esta Obra foi apresentada completa foi em Bayreuth, em 13 de agosto de 1876. Wagner tinha admiradores ilustres como Dom Pedro II, imperador do Brasil que fez as seguintes referências ao compositor:

“[Wagner] tem idéia de fazer uma Nova Ópera e é muito natural que ele pense nisso ativamente. Trata-se de um tema indiano e, na realidade, um poema sobre a origem primeira deste tema imenso. Ele é bem o homem que se faz mister para pensar, conceber e por em ação um plano desses”

O anel dos Nibelungos é uma obra baseada na mitologia germânica, neste trama um nibelungo(anão) rouba o ouro do deus Wotan e forja um anel, em uma segunda fase da trama a valquíria preferida de Wotan é condenada a perder sua divindade. Na terceira etapa Siegfried entra na luta pelo anel. Ao final a valquíria recupera o anel e o castelo dos deuses é destruído.

Tolkien, escritor da obra SENHOR DOS ANÉIS também se inspirou nesta lenda alemã. Que deu fama e sucesso a Wihelm Richard Wagner.


ANTI-SEMITISMO

"Richard Wagner escreveu alguns ensaios anti-semitas e por essa razão, sua imagem foi empanada no século XX pelo fato do nazismo tê-lo tomado como exemplo da superioridade da música e do intelecto alemães, contrapondo-o a músicos também românticos como Mendelssohn, que era judeu. O ensaio mais polêmico foi "Das Judentum in der Musik", publicado em 1850, no qual ele atacava a influência de judeus na cultura alemã em geral e na música em particular. Nesta obra descreve os judeus como: "ex-canibais, agora treinados para ser agentes de negócios da sociedade". Segundo Wagner, os judeus corromperam a língua do país onde vivem desde há gerações. A sua natureza, continua Wagner, torna-os incapazes de penetrar a essência das coisas. A crítica era dirigida particularmente aos compositores judeus Giacomo Meyerbeer e Felix Mendelssohn, que eram seus rivais. Wagner insistia em defender que os judeus deveriam abandonar a prática do judaísmo e se integrar totalmente à cultura alemã.

Apesar disso, sabe-se que Wagner tinha vários amigos judeus, entre os quais Hermann Levi, mestre-de-capela de Munique e judeu praticante, filho de um rabino, que foi escolhido por Wagner para reger a estréia de Parsifal.


Exegeses das óperas

Há algumas exegeses controversas sobre óperas de Wagner, como Parsifal e Os Mestres Cantores de Nurenberg segundo as quais algumas personagens seriam caricaturas anti-semitas - muito embora não haja referência explícita aos judeus em nenhuma ópera de Wagner. Segundo esta interpretação, Mime e Alberich em "O Anel dos Niebelungos" e Kundry e Klingsor em "Parsifal", são caricaturas anti-semitas. Mime diz "Eu tenho o maior cuidado para esconder hipocritamente os meus pensamentos íntimos". A figura de Mime, o seu próprio nome (mime, mimetos significa "imitação" em grego), deveriam sugerir a ideia de que os judeus só são capazes de imitar e que corrompem a linguagem. Albericht sonha com o poder. Ambos perecem miseravelmente."



BIBLIOGRAFIA

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u527.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_Ring_des_Nibelungen
http://cristianismopatriotismoenacionalismo.blogspot.com
http://coimbraenossa.blogspot.com/2006
http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Richard_Wagner#Anti-semitismo

domingo, 28 de março de 2010

KARL MARX

O texto abaixo foi copiado na íntegra do blog de Rodrigo Constantino, economista, formado pela PUC-RJ e escritor, achei seu texto tão sincero, espontâneo que copiei para vocês se deleitem com a verdade sobre Marx:




Poucos intelectuais exerceram tanta influência direta como Karl Marx. Suas idéias, afinal, foram colocadas em prática por seguidores convictos como Lenin, Stalin e Mao Tse-Tung, sacrificando milhões de vidas no altar da utopia. O marxismo pretendia ser científico, e tal termo era comumente usado pelo próprio Marx. Seria crucial, então, analisarmos quão científica era sua obra.

Como o estudo da vida de Marx deixa claro, ele não tinha as características de um cientista que se interessa na busca da verdade. Mais parecia um profeta, interessado em proclamá-la. Seu tom messiânico e seu escrito escatológico, influenciado pelo pano de fundo poético, nada tinham de científico. Sua visão apocalíptica de uma catástrofe imensa prestes a se abater sobre o sistema vigente desprezava a necessidade de evidências sustentadas pelos fatos. Tal característica conquistou muitos seguidores pelo desejo de crer no fim próximo do capitalismo, dispensando o uso da razão para tanto.

Marx tinha um bom talento como jornalista polêmico, e sabia usar aforismos de forma inteligente, ainda que a maioria tenha sido copiada de outros autores, e não criada por ele. Mas seu mérito residia no uso das palavras para instigar sentimentos e revolta nos leitores. A elaboração de sua filosofia foi um exercício de retórica, sem a sustentação de sólidos pilares. Distanciado do mundo real, em seu bunker intelectual, ele iria fazer de tudo para confirmar suas idéias já preconcebidas. Afirmava ser o defensor dos proletários, e até onde sabemos, nunca esteve numa manufatura ou fábrica. Seus aliados eram intelectuais de classe média, como ele, e havia inclusive certo desprezo pela classe trabalhadora.

Um cientista sério busca dados novos que possam contradizer suas teses. Marx nunca fez isso; pelo contrário: tentava encontrar o tipo certo de informação, adequada para suas teorias já definidas. Toda a sua abordagem era no sentido da justificação de algo declarado como sendo a verdade, não na investigação imparcial dos fatos. Era a convicção não de um cientista, mas de um crente. Os dados estariam subordinados aos seus trabalhos de pesquisa, tendo apenas que reforçar as conclusões alcançadas independentemente deles. Com tal método, foi escrita sua obra clássica, O Capital, repleta de contradições, dados errados ou defasados, fontes suspeitas ou mesmo manipulações e falsificações. Assim como na obra do seu colega Engels, o descaso flagrante e a distorção tendenciosa estão presentes nos escritos de Marx, como prova de uma desonestidade inequívoca.

Alguns exemplos merecem destaque para a melhor compreensão desta total falta de compromisso com a verdade, premissa básica para qualquer um que se considera um cientista. Marx utilizou informações obsoletas quando interessava, já que as novas não validavam suas alegações. Em exemplos gritantes, usava casos de décadas atrás para mostrar uma suposta conseqüência nefasta do capitalismo, sendo que o próprio capitalismo tinha feito a situação perversa desaparecer. Ele escolheu também indústrias onde as condições de trabalho eram particularmente ruins, como sendo típicas do capitalismo. Entretanto, esses casos específicos eram justamente nas indústrias onde o capitalismo não tinha dado o ar de sua graça, e as firmas não tinham condições de implantar máquinas, por falta de capital. A realidade gritava que quanto mais capital, menor o sofrimento dos trabalhadores. Marx não tinha o menor interesse em escutar este brado retumbante dos fatos. Salvar a teoria, e em última instância seu ódio ao capitalismo, era mais importante que a verdade. Chamar isso de científico beira o absurdo completo.

No fundo, podemos tentar buscar os motivadores de Marx em alguns aspectos de seu caráter. Ele alimentava um profundo gosto pela violência, tendo deixado isso claro ao longo de toda a sua vida. Desejava ardentemente o poder. Mostrava uma inabilidade irresponsável e infantil de lidar com dinheiro, sendo vítima constante de agiotas. E mostrava uma tendência de explorar os que se encontravam a sua volta, incluindo família e melhores amigos.

Provavelmente, seu rancor refletia uma frustração em possuir certas potencialidades mas ser incapaz de exercê-las de forma mais efetiva. Marx levou uma vida boêmia e ociosa durante sua juventude. Mostrou uma enorme incapacidade de lidar com dinheiro, gastando sempre muito mais que recebia, tendo que parasitar nos familiares e amigos ou recorrer aos agiotas. Isso pode estar na raiz de seu ódio ao sistema capitalista e também seu anti-semitismo, já que os judeus praticavam normalmente a usura. Ele pegava dinheiro emprestado, gastava de forma insensata, e depois ficava nervoso com a cobrança. Passou a ver os juros como um crime contra a humanidade, uma exploração do homem pelo homem. Não o interessava verificar que o problema estava, de fato, em sua completa irresponsabilidade. Chegou ao ponto de ser deserdado pela mãe, que recusou pagar suas dívidas certa vez. Foi procurar refúgio em Engels, um rico herdeiro e a maior fonte de renda de Marx, que passava então a viver como pensionista de um rentier. Sua mulher, de família aristocrata, também foi uma fonte de recursos para Marx. Aquele que considerava o trabalho uma exploração, nunca quis muito saber de trabalhar ou de se relacionar com trabalhadores, orgulhava-se da nobre descendência de sua esposa e ainda vivia às custas do dinheiro dos outros.

Poucos são os casos, em minha opinião, onde um só intelectual concentra tantas idéias estapafúrdias. Fora isso, o desprezo por Marx aumenta mais quando conhecemos sua vida e seu caráter, sem falar do fato de que a concretização de seus ideais derramou um oceano de sangue inocente. Por fim, a autoproclamação de que tanto absurdo e contradição tem um respaldo científico é um crime contra a ciência e a razão. Se a religião é o ópio do povo, como Marx dizia, o marxismo é o crack. Seus seguidores – e eles são muitos ainda, principalmente entre os intelectuais – precisam desprezar o uso da razão para manter a fé dogmática no marxismo. Não foi a razão que falhou nas idéias de Marx. Foi a falta dela, necessária para salvar a religião dogmática que é o marxismo.





http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/05/religio-marxista.html

quarta-feira, 3 de março de 2010

LUIS CARLOS PRESTES

A palavra adequada para o Comunismo para mim é ABOMINAÇÃO.


No início do século XX alguns radicais e extremistas surgiram no mundo com ideologias politicas, econômicas e sociais que pregavam revolução armada, derrubada dos regimes vigentes e saques dos ricos, redistribuição das riquezas de acordo com os seus conceitos "infantis".

Entre estes "moleques" estavam Karl Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, Bolivar, Carlos Prestes e outros IDIOTOLOGISTAS que também podiam ser incluido nesta mesma lista LAMPIÃO (se pelo menos Lampião tivesse um curso universitário, ou formação acadêmica teria sido considerado um comunista).





Quem quer ser comunista, ótimo!!! venda seus bens e distribua aos pobres como ensinou Jesus... Mas dê fim as suas próprias riquezas e não as dos outros...

Durante alguns anos fui assinante de uma Revista de origem Holandesa chamada A VOZ DOS MÁRTIRES. Elembro-me como na década de 80 o regime da cortina de Ferro matou milhões de pessoas que se opunham ao regime comunista.

Preste foi um dos últimos IDIOTOLOGISTA marxista, que:"na Intentona Comunista de 1935, supunha que a conquista do poder dispensava a ida às urnas" (Educação.uol.com.br.)

Radical em suas ideologias acabou no final da sua vida sendo desprezado até pelos comunistas:
"Com a decretação da anistia em agosto de 1979, Prestes, após oito anos de exílio, desembarcou no Rio de Janeiro em 20 de outubro seguinte. Os militantes do PCB, contudo, já não acatavam mais suas orientações, considerando-as rígidas e anacrônicas."Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (Fundação Getúlio Vargas)



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Luís Carlos Prestes

3 de janeiro de 1898, Porto Alegre, RS (Brasil)
7 de março de 1990, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Reprodução

Luís Carlos Prestes representou, por mais de 50 anos, uma tendência da ideologia comunista no Brasil
Luís Carlos Prestes foi um militar e político brasileiro. Prestes estudou engenharia na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

Em outubro de 1924, já como capitão, Prestes liderou a revolta tenentista na regiãodas Missões, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Lutando contra o governo de Arthur Bernardes, os jovens oficiais do Exército, os "tenentes", pretendiam levantar a população contra o poder da oligarquia governante e, por meio da revolução, exigir reformas políticas e sociais, como a renúncia de Bernardes, a convocação de uma Assembléia Constituinte e o voto secreto.

Cortando as linhas do cerco militar do governo, Prestes se dirigiu para Foz do Iguaçu, onde se uniu aos paulistas, formando o contingente rebelde denominado Coluna Prestes, que percorreu, com 1.500 homens, durante dois anos e cinco meses, cerca de 25.000 km do Brasil. A marcha terminou em 1927, quando os revoltosos se exilaram na Bolívia e na Argentina.

Na Bolívia, Prestes dedicou-se a leituras em busca de explicações para a situação de atraso e miséria que vira no interior brasileiro. A marcha pelo Brasil, segundo ele, o levou a compreender que problemas tão sérios não podiam ser resolvidos com uma simples mudança de homens na presidência da República.

Em dezembro de 1927 foi procurado por Astrojildo Pereira, secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro, que fora incumbido de convidá-lo a firmar uma aliança entre "o proletariado revolucionário, sob a influência do PCB, e as massas populares, especialmente as massas camponesas, sob a influência da coluna e de seu comandante". Prestes, contudo, não aceitou essa aliança. Foi nesse encontro que obteve as primeiras informações sobre a Revolução Russa, o movimento comunista e a União Soviética.




A seguir, muda-se para a Argentina, onde lê Marx e Lênin. Convidado a assumir a chefia militar da Revolução de 1930, nega-se a participar do movimento liderado por Getúlio Vargas.

Convidado pelo Partido Comunista Uruguaio, muda-se para a ex-União Soviética em 1931, trabalhando ali como engenheiro e dedicando-se ao estudo do marxismo-leninismo.

Eleito membro da Comissão Executiva da Internacional Comunista, Prestes regressou clandestinamente ao Brasil em abril de 1935 com a identidade de Antônio Vilar, cidadão português que tinha como esposa Maria Bergner Vilar. Na realidade, sua mulher chamava-se Olga Benário, era alemã, pertencia ao Partido Comunista Alemão e vivia em Moscou.

O PCB e a Aliança Nacional Libertadora
No Brasil, a recém-constituída Aliança Nacional Libertadora (ANL), organização política de âmbito nacional liderada pelo PCB e fundada oficialmente em 12 de março de 1935, tornou-se uma ampla frente da qual participaram socialistas, comunistas, católicos e democratas.

Escolhido como presidente de honra da ANL, Prestes divulga, em julho de 1935, um manifesto incendiário, exigindo o fim do governo Vargas. Aproveitando a oportunidade, Getúlio declara a ANL ilegal, mas não impede que ocorra a Intentona Comunista.

No dia 5 de março de 1936, Prestes foi preso, juntamente com Olga Benário. Em setembro do mesmo ano, Olga, em adiantado estado de gravidez, foi entregue a agentes do governo nazista alemão. A filha do casal, Anita, nasceu na prisão, na Alemanha, em 27 de novembro seguinte e, após grande campanha desencadeada pela mãe de Prestes, foi entregue à avó. Olga Benário viria a falecer numa câmara de gás do campo de concentração de Bernburg, em abril de 1942.

Com o fim do Estado Novo, Prestes foi anistiado e eleito senador. Contudo, meses depois o registro do PCB foi cancelado e Prestes teve de retornar à clandestinidade. Em 1951, conheceu sua segunda companheira, Maria, com quem teve vários filhos. O casal conviveu durante 40 anos, até a morte de Prestes.




Golpe de 1964
Identificado com as reformas de base propostas por João Goulart, Prestes foi cassado pelo governo militar que passou a dirigir o país depois do Golpe de 1964. Em junho de 1966, num processo conduzido pela 2ª Auditoria do Exército de São Paulo, foi condenado à revelia a 15 anos de prisão, acusado de tentar reorganizar o PCB.

Com a promulgação do AI-5 em 13 de dezembro de 1968, aumentou a repressão aos grupos de contestação ao regime. Esse mesmo ato suspendeu importantes garantias constitucionais relativas às liberdades individuais, conferindo ao Poder Executivo proeminência sobre os poderes Legislativo e Judiciário.

Em fevereiro de 1971 o comitê central do PCB decidiu que Prestes deveria deixar o país, pois sua segurança estava ameaçada. Partiu então de São Paulo com destino à Argentina, via Rio Grande do Sul. De Buenos Aires tomou um avião até Paris, viajando em seguida para Moscou.

Com a decretação da anistia em agosto de 1979, Prestes, após oito anos de exílio, desembarcou no Rio de Janeiro em 20 de outubro seguinte. Os militantes do PCB, contudo, já não acatavam mais suas orientações, considerando-as rígidas e anacrônicas.

Iniciando uma controvérsia pública com a direção do PCB, Prestes escreve uma "Carta aos comunistas", na qual defendeu, dentre outros pontos, a reconstrução do movimento comunista no país. Em 1982, acompanhado por vários militantes, retira-se do PCB.

Embora tenha atravessado períodos de descrença sobre a eficácia do voto livre no Brasil, sobretudo quando, na Intentona Comunista de 1935, supunha que a conquista do poder dispensava a ida às urnas, Prestes já expressava um pensamento totalmente contrário. Para ele, com 90 anos, "a luta pelo socialismo pressupõe o voto", pois este "continua a ser um importante instrumento de mudança".

Agindo sem se filiar a qualquer partido, Prestes passou a militar em diversas causas, apoiando, em 1989, a candidatura de Leonel Brizola à presidência da República.

Em janeiro do ano seguinte Luís Carlos Prestes foi internado numa clínica no Rio de Janeiro para tratamento de insuficiência renal e princípio de desidratação, segundo versão divulgada pela imprensa. Seu estado de saúde, no entanto, agravou-se no início de março, quando voltou a ser internado. Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 7 de março de 1990. Nessa data a Justiça Eleitoral concedeu o registro definitivo ao PCB.

FONTE Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro (Fundação Getúlio Vargas)
http://educacao.uol.com.br/biografias/luis-carlos-prestes.jhtm
Postado por VALDEMIR às