quinta-feira, 22 de abril de 2010

RICHARD WAGNER

VIDA E POLÍTICA

Richard Wagner nasceu em 22/05/1813, Leipzig, Alemanha e faleceu em 13/02/1883, Veneza, Itália. Wagner foi regente da ópera real, ocupando esse posto até 1849. Politicamente sempre foi um ativista tendo escrito artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que não foi bem sucedida.

Não podemos esquecer que suas posições políticas anti-semíticas foram inspiradoras de Adolf Hitler que era admirador das Obras de Wagner. Sua vida particular era uma tragédia, teve que fugir algumas vezes para não ser preso por dividas, além de ter relacionamentos amorosos conturbados.


EDUCAÇÃO

A educação do compositor Wagner foi toda focada em um ambiente artístico, tanto seu pai quanto o seu "suposto" pai eram atores, suas irmãs eram as atrizes Rosalie e Luise e Llara era cantora de ópera. Seu tio Adolf era um intelectual, tendo Wagner lido muitas obras de livros das suas estantes.





Apesar do ambiente propício, os estudos musicais de Wagner eram um tanto aleatórios,aprendeu violino com um, piano com outro, mas sempre buscando amadurecer seus conhecimentos musicais e desenvolver seus talentos naturais.




OBRAS

Sua grande Obra foi DER RING DES NIBELUNGEN (O Anel do Nibelungo), que se trata de quatro óperas épicas adaptadas de figuras da mitologia nórdica. Wagner demorou 26 anos para escrever esta música (de 1848 a 1874). Esta Obra esta divido em quatro partes sendo:
DAS RHEINGOLD (O OURO DO REINO)
DIE WALKURE (A VALQUIRIA)
SIEGFRIED
GOTTERDAMMERUNG (O CREPÚSCULO DOS DEUSES)

A primeira vez que esta Obra foi apresentada completa foi em Bayreuth, em 13 de agosto de 1876. Wagner tinha admiradores ilustres como Dom Pedro II, imperador do Brasil que fez as seguintes referências ao compositor:

“[Wagner] tem idéia de fazer uma Nova Ópera e é muito natural que ele pense nisso ativamente. Trata-se de um tema indiano e, na realidade, um poema sobre a origem primeira deste tema imenso. Ele é bem o homem que se faz mister para pensar, conceber e por em ação um plano desses”

O anel dos Nibelungos é uma obra baseada na mitologia germânica, neste trama um nibelungo(anão) rouba o ouro do deus Wotan e forja um anel, em uma segunda fase da trama a valquíria preferida de Wotan é condenada a perder sua divindade. Na terceira etapa Siegfried entra na luta pelo anel. Ao final a valquíria recupera o anel e o castelo dos deuses é destruído.

Tolkien, escritor da obra SENHOR DOS ANÉIS também se inspirou nesta lenda alemã. Que deu fama e sucesso a Wihelm Richard Wagner.


ANTI-SEMITISMO

"Richard Wagner escreveu alguns ensaios anti-semitas e por essa razão, sua imagem foi empanada no século XX pelo fato do nazismo tê-lo tomado como exemplo da superioridade da música e do intelecto alemães, contrapondo-o a músicos também românticos como Mendelssohn, que era judeu. O ensaio mais polêmico foi "Das Judentum in der Musik", publicado em 1850, no qual ele atacava a influência de judeus na cultura alemã em geral e na música em particular. Nesta obra descreve os judeus como: "ex-canibais, agora treinados para ser agentes de negócios da sociedade". Segundo Wagner, os judeus corromperam a língua do país onde vivem desde há gerações. A sua natureza, continua Wagner, torna-os incapazes de penetrar a essência das coisas. A crítica era dirigida particularmente aos compositores judeus Giacomo Meyerbeer e Felix Mendelssohn, que eram seus rivais. Wagner insistia em defender que os judeus deveriam abandonar a prática do judaísmo e se integrar totalmente à cultura alemã.

Apesar disso, sabe-se que Wagner tinha vários amigos judeus, entre os quais Hermann Levi, mestre-de-capela de Munique e judeu praticante, filho de um rabino, que foi escolhido por Wagner para reger a estréia de Parsifal.


Exegeses das óperas

Há algumas exegeses controversas sobre óperas de Wagner, como Parsifal e Os Mestres Cantores de Nurenberg segundo as quais algumas personagens seriam caricaturas anti-semitas - muito embora não haja referência explícita aos judeus em nenhuma ópera de Wagner. Segundo esta interpretação, Mime e Alberich em "O Anel dos Niebelungos" e Kundry e Klingsor em "Parsifal", são caricaturas anti-semitas. Mime diz "Eu tenho o maior cuidado para esconder hipocritamente os meus pensamentos íntimos". A figura de Mime, o seu próprio nome (mime, mimetos significa "imitação" em grego), deveriam sugerir a ideia de que os judeus só são capazes de imitar e que corrompem a linguagem. Albericht sonha com o poder. Ambos perecem miseravelmente."



BIBLIOGRAFIA

http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u527.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Der_Ring_des_Nibelungen
http://cristianismopatriotismoenacionalismo.blogspot.com
http://coimbraenossa.blogspot.com/2006
http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Richard_Wagner#Anti-semitismo